sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Guia de carreiras: matemática

Profissional pode dar aulas ou trabalhar em empresas e mercado financeiro.
Carreira exige facilidade com números e operações complexas.

Viviane Mateus Do G1, no Rio
 
Se você gosta de fazer contas e é bom com números, cursar uma faculdade de matemática pode ser uma excelente opção. Com possibilidade de atuação em diferentes áreas, o profissional está habilitado a trabalhar em universidades e centros de pesquisa, desenvolvendo novos modelos matemáticos, ou em empresas, com a criação de métodos numéricos e análise de dados do mercado financeiro.
 
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Mas não basta só gostar de matemática para ingressar na carreira. Antes de optar pelo curso, é preciso ter em mente que as aulas não são nada fáceis. Já no ciclo básico de estudos o aluno terá diversas disciplinas de cálculo, álgebra, geometria, além de probabilidade, estatística e computação.
De acordo com o matemático Andrew Woods, a graduação em matemática é muito abrangente e, por isso, dá uma boa base para qualquer tipo de emprego que requer um raciocínio quantitativo. “A matemática abre muitas portas para o jovem como profissional”, ressalta.
O profissional formado em matemática pode seguir dois caminhos. Ao fazer os cursos de licenciatura em matemática e se tornar professor. Ele vai poder atuar em escolas e universidades e, se aprofundando mais no assunto, pode se tornar pesquisador.
O outro caminho é o de trabalhar com empresas. Algumas universidades dão curso de bacharelado em matemática com ênfase em assuntos específicos. A USP, por exemplo, tem matemática aplicada a negócios, matemática com habilitação em ciências biológicas, controle de automação, métodos matemáticos, sistemas e controle, ou cursos de matemática aplicada e computacional com habilitação em estatística econômica, saúde pública, comunicação científica, entre outros.

Andrew se formou em matemática pela PUC-Rio. Para se especializar na área de finanças, Ele trabalha em uma empresa privada de investimentos no Rio de Janeiro e tem uma rotina intensa de contas e cálculos, faz mestrado três vezes por semana.
“É muito importante fazer uma pós-graduação, mestrado, ou até mesmo doutorado para quem cursa a faculdade de matemática e quer trabalhar em áreas mais específicas e especialmente para o aluno que quer seguir uma carreira acadêmica”.
Matemática pura x matemática aplicada
O professor Marco Aurélio Cabral, do Instituto de Matemática da UFRJ, afirma que, quem quer se tornar matemático, deve gostar da matéria e de desafios intelectuais. Segundo ele, além da licenciatura, o aluno pode seguir dois caminhos durante a graduação: a matemática pura, que é mais teórica, ou a matemática aplicada, mais prática.
“Na matemática pura a motivação principal é estética. Quando se desenvolve uma teoria o foco é em se obter definições e teoremas simples, que englobem casos gerais", ressalta Cabral. "Já a matemática aplicada foca nas aplicações. Além das tradicionais em física e engenharia, hoje em dia, tem sido cada vez mais importante as aplicações em economia, incluindo finanças, e biologia, incluindo bioinformática.”
O pesquisador do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada e editor chefe da Sociedade Brasileira de Matemática, Roberto Imbuzeiro Oliveira, explica que um professor-pesquisador pode trabalhar em universidades ou institutos de pesquisa e divide seu tempo entre aulas de graduação e pós, orientação de alunos e pesquisa científica.

“A grande expansão do sistema de ensino superior brasileiro criou muitas e muitas vagas para professores-pesquisadores. Nas universidades federais, o salário inicial para professores adjuntos, com doutorado em matemática ou área afim, é de cerca de R$ 7,5 mil. No IMPA, o salário inicial para pesquisador com doutorado é de mais ou menos R$ 11 mil”, afirma.


Fonte: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/guia-de-carreiras/noticia/2011/09/guia-de-carreiras-matematica.html

Estudantes de medicina aprendem libras para atender pacientes surdos

Disciplina é optativa em universidade em Divinópolis.
Voluntários com surdez ajudam no aprendizado.

Do G1 MG, com informações da Rede Integração
Alunos de medicina da Universidade Federal de São João Del Rei, no campus em Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas Gerais, estão tendo a oportunidade de fazer uma disciplina inclusiva neste semestre: um curso de libras, a língua brasileira de sinais.
A disciplina optativa foi incluída na grade curricular com o objetivo de melhorar o atendimento a pacientes com surdez. “O profissional que sabe a línguas dos sinais vai atender com mais efetividade, vai conseguir comunicar bem, passando aquilo para o surdo, e o surdo vai se sentir seguro”, disse a professora de libras Graciele Kerlen.
Dois voluntários participam das aulas e ajudam no aprendizado dos universitários. Rafael Lacerda está no quinto período de medicina e já concluiu a disciplina. Para ele, isso é um diferencial na carreira. “Eu vou levar isso para o resto da vida, eu tenho certeza que eu conseguiria atender uma pessoa deficiente com tranqüilidade. Eu acho que vai ser importante”, disse o estudante.
Mariana Oliveira, que precisa da linguagem dos sinais para se comunicar com outras pessoas, aprovou a iniciativa da universidade. “Vai ser bom, vai estar nos ajudando, respeitando a nossa cultura, nossa língua. Com muita calma, nós iremos aos médicos e seremos melhor atendidos”, disse usando libras.


Fonte: http://g1.globo.com/minas-gerais/noticia/2011/06/estudantes-de-medicina-aprendem-libras-para-atender-pacientes-surdos.html

Para incluir deficiente auditivo, escola do RS alfabetiza em libras

Aluno não se adaptou a aulas especiais e voltou para a escola do bairro.
Professora da rede municipal do RS cursou libras para ensinar a turma.

Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo
Crianças são alfabetizadas em português e em libras (Foto: Foto: Jean Schwarz / Agência RBS)Crianças são alfabetizadas em português e em
libras (Foto: Jean Schwarz / Agência RBS)
 
Os 19 alunos de uma turma do 1º ano do Fundamental no Rio Grande do Sul estão sendo alfabetizados em duas línguas: português e libras, a linguagem brasileira de sinais. Em nome da inclusão de um dos alunos, que desenvolveu surdez profunda depois de contrair meningite quando era bebê, o colégio desenvolveu uma parceria inovadora. E o resultado vem beneficiando toda a classe.
Filho de ex-alunos da Escola Municipal Professor Gilberto Jorge Gonçalves da Silva, na periferia de Porto Alegre, o garoto, hoje com oito anos, estudou lá desde o jardim de infância, mas foi transferido para um colégio especial para surdos ao iniciar o ciclo de alfabetização, em 2010.
Como não se adaptou à nova rotina e à longa distância entre a casa e a escola, a mãe do aluno decidiu fazer uma campanha para rematricular a criança no colégio do bairro.
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A campanha deu certo. O menino voltou à antiga escola. Para recebê-lo, a orientadora educacional da instituição, Suzana Moreira Pacheco, criou um sistema de parceria com a escola especial para surdos Salomão Watnick, também da rede municipal. Desde agosto do ano passado, um estagiário foi contratado para servir de intérprete.
Três vezes por semana, o garoto frequenta a escola regular, onde a professora Valéria Cé Guerisoli guia a turma de 19 crianças na alfabetização com letras e sinais.
Nos outros dias, ele participa de atividades na escola especial, onde pode interagir com outras crianças surdas.
Segundo Suzana, a Prefeitura de Porto Alegre mantém a escola dedicada a atender às necessidades das crianças com deficiência auditiva. Mas, como não houve adaptação nesse caso, foi desenhada uma "organização que funciona para o aluno". Ela afirmou que "entre o ideal e o possível existe um intervalo, mas muita coisa dá pra fazer".
Benefícios
Aos 40 anos e com 17 de carreira no ensino público, Valéria conta que frequentou um curso de libras durante um ano, já sabendo que poderia receber o garoto em sua turma. Segundo ela, aprender a linguagem de sinais não é só um conhecimento a mais para os alunos.
"Ela contribui para todos. Aquela criança que estava levando mais dificuldade para reconhecer a letra C, por exemplo, quando eu faço o uso do sinal com a mão ela começa a sentir mais facilidade", explicou.
A aprendizagem dos números também fica mais fácil, segundo Valéria. "Eles não sabem escrever '34', porque não associam o 'tri' de 'trinta' ao 'tre' de 'três', mas em libras eles sabem contar."
A professora afirmou que as crianças veem a linguagem de sinais "como um brincar, é quase um jogo de mímica". Elas inventaram sinais que correspondem ao nome de cada uma e, às vezes, querem até inventar novos sinais, quando não sabem se referir a algo.
Inclusão
A escola Gilberto Jorge Gonçalves já vivenciou outras experiências de inclusão. "Temos alunos autistas, cada um é de um jeito completamente diferente", explicou Valéria, que se lembra de uma turma com até seis crianças portadoras de algum tipo de deficiência.
A diversidade nas salas de aulas incentivou a tolerância e o convívio pacífico entre os alunos. Certa vez, contou a professora, um colega emprestou sua cola para o aluno surdo, mas ele se esqueceu de devolvê-la. Em vez de se irritar ou tomar o objeto à força, o colega buscou Valéria para aprender o sinal que deveria usar na conversa com o amigo. "Isso é muito natural para mim, para os outros professores e para os alunos da escola", disse ela.


Fonte: http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2011/09/para-incluir-deficiente-auditivo-escola-do-rs-alfabetiza-em-libras.html

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Síndrome de Burnout em Professores


O Burnout é uma síndrome que vem se instalando no mundo do trabalho docente: significa perda de energia, desistência. Síndrome que não representa uma ameaça apenas à saúde do educador, mas a saúde dos demais trabalhadores e da sociedade como um todo. A monografia inicia com uma breve introdução aos conceitos do Burnout, abordando suas causas, sintomas e manifestações deste nos trabalhadores, e nos professores, em particular. Vindo a intensificar a sua prevenção, assim promovendo a qualidade de vida destes profissionais envolvidos diretamente no processo ensino-aprendizagem. Ao final, duas pesquisas são apresentadas , realizada em uma escola pública estadual, retratando o crescente aumento da Síndrome e sua relação com as condições de trabalho dos docentes.